Decepções fogem do controle humano, alegrias também, estranho é o pico entre um e outro, como se fosse um gráfico, onde marca-se o ápice da alegria, o qual despenca subitamente entre desespero e aflição, até chegar ao zero, no qual encontra-se apenas o martírio da decepção, e as lamurias de quem não pode mover um dedo para mudar o tempo.
O tempo destruiu os sonhos de uma criança grande, a ternura do lugar preferido transformando-se em perplexidade, os lugares mais lindos tornaram-se feios, porém ainda agradáveis, mas ainda não é o bastante, o necessário é sentir-se como aquela época, não apenas bem... O necessário é a magia do céu azul e o sol iluminando as madeixas, o vento tocando o rosto como carinho de mãe em um filho que acabou de nascer, a água tocando os pés e o cheiro da grama, o barulho do silêncio, o nada cheio de tudo que você mais preza...
Um passo após o outro, uma respiração acelerada e o coração disparado, cercas destruídas e paredes caídas, nem o chão está mais ali, tudo igual, e tudo diferente, os acessos não são mais os mesmos, as pessoas não são mais as mesmas, você também não é mais o mesmo, justamente por isso voltou até ali, recuperar quem sabe o resto de esperança que a infância lhe proporcionava, porque aquilo era seu, só seu, e ainda assim conseguiram destruir, conseguiram acabar com tudo, conseguiram provar pra você que tudo aquilo que você mais acreditava já não existe, e que o indestrutível pode ser destruído, logo isso que jamais poderia ser tirado de alguém... Mania boba de esperança, quem sabe eu encontraria algo que ainda fizesse parte de tudo isso, era quase uma vontade incontrolável de correr para procurar, quilômetros pareciam centímetros de tão próximos, e nada, as laranjeiras não tinham mais frutas e o rio também já estava seco, nada ali era mais meu, o pouco de meu que deveria ainda estar ali também já tinha sido levado embora...
O tempo destruiu os sonhos de uma criança grande, a ternura do lugar preferido transformando-se em perplexidade, os lugares mais lindos tornaram-se feios, porém ainda agradáveis, mas ainda não é o bastante, o necessário é sentir-se como aquela época, não apenas bem... O necessário é a magia do céu azul e o sol iluminando as madeixas, o vento tocando o rosto como carinho de mãe em um filho que acabou de nascer, a água tocando os pés e o cheiro da grama, o barulho do silêncio, o nada cheio de tudo que você mais preza...
Um passo após o outro, uma respiração acelerada e o coração disparado, cercas destruídas e paredes caídas, nem o chão está mais ali, tudo igual, e tudo diferente, os acessos não são mais os mesmos, as pessoas não são mais as mesmas, você também não é mais o mesmo, justamente por isso voltou até ali, recuperar quem sabe o resto de esperança que a infância lhe proporcionava, porque aquilo era seu, só seu, e ainda assim conseguiram destruir, conseguiram acabar com tudo, conseguiram provar pra você que tudo aquilo que você mais acreditava já não existe, e que o indestrutível pode ser destruído, logo isso que jamais poderia ser tirado de alguém... Mania boba de esperança, quem sabe eu encontraria algo que ainda fizesse parte de tudo isso, era quase uma vontade incontrolável de correr para procurar, quilômetros pareciam centímetros de tão próximos, e nada, as laranjeiras não tinham mais frutas e o rio também já estava seco, nada ali era mais meu, o pouco de meu que deveria ainda estar ali também já tinha sido levado embora...