terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Um beijinho pra sarar?




A cada minuto se aproxima mais, e eu não entendo porque, mas o dia 24 de dezembro é um dia de horror total pra mim...

A vida deveria progredir, evoluir, não a cada dia aparecer mais problemas e complicações, e a cada ano que eu me torno mais velha, mais infelicidades parecem tomar conta do meu cotidiano.

Eu sempre paro pra refletir na minha infância, e me pego pensando que tudo deveria ser como antes, onde meu maior problema era o momento que a correia da minha bicicleta caia, ou como aquela vez que prendi meu dedo na roseta, uma mordida de um cachorro, um tombo de uma árvore, um beijinho no joelho pra melhorar, chorar escondido pra não levar um 'eu te avisei pra não ir lá'...

Já pensou se cada problema que ocorresse fosse melhorado com um beijinho? Eu olho tudo isso com saudade, saudade dos brigadeiros de panela pra assistir branca de neve e os sete anões, pra fantasiar demasiadamente um príncipe encantado no seu cavalo branco, ou um aladin em seu tapete voador. A diferença da vida real é que esses príncipes não existem, mas os vilões estão sempre ali presentes, pra te ver cair e ainda pisar sobre você.

E quando a gente encontra um suposto principe encantado, um beijinho não tira a dor do peito quando ele te magoa, nem da cabeça quando ele te mete um chifre, nem do corpo quando ele te bate.

Os erros são inevitáveis, ou irreversíveis, como uma franja cortada errada, você só pode esperar crescer, ou acostumar-se com ela, acho que da mesma forma que nos acostumamos com tudo que não é curado com um beijinho...

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