sábado, 24 de setembro de 2011

Sempre assim

Ta vendo o ponto que cheguei? Ta vendo o ponto que me permiti chegar por não ter você? Não quero te culpar, mas você é a justificativa pros meus dias de depressão, pras minhas choradeiras e bebedeiras...

Um abraço e um sorriso, uma preocupação, uma noite, um nascer do sol, o céu é só uma promessa pra tudo que poderíamos viver, o abraço agora não significa mais nada, e a noite então, o que é a noite? Nem sei o que a noite significa... O céu não é nada agora...

É um negro amor, aquele amor que se ama sem sentido, talvez tenha sentido se vc ainda estivesse aqui... Sob seus pés o céu também rachou, rachou meu céu, não tenho céu, nem cobertores, os tapetes voaram, e não tem mais nada negro amor, ou talvez tenha tudo, pelo  menos pra mim...

"Esqueça os mortos eles não levantam mais",  quem me dera levantasse, só por um minuto pra matar a saudade, diz isso quem nunca perdeu ninguém, ou quem está tão conformado por ter perdido, ou só acredita nisso...

Não tem mais nada? Não... Nada concreto, mas ainda acredito que em algumas madrugadas você venha passar comigo, pra mim não ter mais ninguém, só você...

Queeeeeeeem me dera ter só você, eu queria só você...

Vamos passear nos tiroteios e dançar nos cemitérios, colher flores dos asfaltos, e vamos duvidar do certo, e namorar na luz do polo petroquimico, navegar em navios fantasmas, sempre juntos, e se faltar calor a gente esquenta, se ficar pequeno a gente aumenta, e se não for possível a gente tenta, e se faltar vento a gente inventa, vamos esquecer o dia da semana, tem que ser agora, pra sempre... Vamos remar contra a corrente, se for impossível, se não for importante, mesmo assim a gente tenta...

E eu vou tentar sempre... Te amo, pra sempre...

domingo, 18 de setembro de 2011


A podridão dos glutões, beberrões, aproveitadores, golpes, traição, morte, sedução, tudo tem conseqüência após a morte, tão reais quanto em vida, caridade e determinação são os únicos investimentos dignos, e quem tiver sabedoria receberá com juros... Bárbaro, criminoso, juiz, fazendeiro, caçador, letrado, jovem, velho, o resultado é o mesmo, um dia tudo volta... 

A Era Dos Dragões

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Rebelde Sem Causa?

Essas aulas de psicologia mexem demais com a minha cabeça, quando não saio chorando, saio odiando alguém ou amando demais alguma coisa, mas sempre trazem à tona inúmeras lembranças nada agradáveis de recordar.

Hoje pensei muito na minha mãe, na minha adolescência, e em todas as frustrações que ela trouxe pra essa fase da minha vida. Ainda sinto o mesmo ódio daquela época, talvez não tão forte, mas muito mais consciente. Sinto mais ódio pela hipocrisia da relação que ela se esforçava em estabelecer entre nós, talvez por amor, ou apenas por obrigação. A confiança tão almejada não passava de faixada, para posteriormente afirmar pra si mesma que a parte dela foi feita. As vezes que fui motivo de chacota pela sua boca, os segredos meus revelados, e você me cobra confiança e cumplicidade...

É cruel uma adolescente não poder confiar na própria mãe, é cruel a falta de compreensão: "Converse comigo, desabafe, conte-me as coisas" ela dizia, mas mais cruel ainda são as respostas que sempre obtive, que não eram simples críticas ou repreensão, eram olhares de raiva e frases de desprezo... Nenhum conselho, nenhum abraço, apenas castigos...

Você não pode mais exercer poder sobre mim, eu cresci e tenho minha cabeça agora, e eu não vou ceder se você também não fizer o mesmo, eu preciso de você, e preciso que me entenda. Não há necessidade de revelar minhas intimidades, não abra meus diários, não queira descobrir, espere eu te contar. Não me queira só pra ti, talvez eu cometa os mesmos erros que os seus, ou quem sabe alguns a mais, mas nada que diga ou faça irá evitar, não da forma com que você diz, não me proíba de nada, me acompanhe, eu sei que você pode. Me elogie quando eu acertar, dizer que não passa da minha obrigação me deixa frustrada. Gritar comigo apenas me revolta mais, e eu odeio as suas regras, não compreendo-as. Você nunca impôs limites, porquê agora? Se sou madura para agir como você quer, porque ainda me trata como crianças sobre as coisas que eu quero?

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Talvez seja mesmo como a chuva...

Acordei com o barulho da chuva e a sensação de liberdade, fiquei pensando por alguns minutos qual me deixava mais feliz. Mas os dois se completam, correr na chuva, pular nas possas, sentir os pingos frios no seu rosto em uma tarde quente, ou só tirar a língua para fora e sentir o gosto dessa água pura... É isso, falta pureza, falta a mesma pureza dessa água límpida... Falta a transparência.

Liberdade não é estar só, liberdade é poder ser você mesmo, é correr o mundo inteiro, e depois ter pra quem voltar, alguém que vai te abraçar e dizer 'como é bom te ver', e depois te incentivar a fugir novamente. Liberdade é falar o que se pensa, e poder aceitar críticas das pessoas que você permite que te critiquem, pois são livres pra isso.

Eu gosto da chuva, ela cai e se levanta, e cai de novo, ela corre pra mananciais, rios e lagos, encontra os seus, pra sumir novamente, e depois voltar, corre pra águas puras e cristalinas, e pra águas escuras e poluídas. Isso não lembra algo?


Eu amo ser chuva... .

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Estou assim: uma mocinha.

A minha vontade é te ligar, pra contar o quanto gosto de você. E te pedir em namoro. E me declarar. Falar palavras lindas, frases perfeitas, poéticas, sensíveis. Mas não! Eu sou uma mocinha. E mocinhas só se declaram depois de um mês de namoro. Ou depois que o garoto fala que gosta delas. Dessa vez vai ser assim. Chega. E se você não desistir mesmo com todo esse teatro que eu estou fazendo. Vai ser a prova de que eu precisava pra saber que você realmente vale a pena.”


Tati Bernardi