segunda-feira, 11 de julho de 2011

Dos erros que eu não me arrependo


Perceber que no meio da madrugada você se encontra, bêbada, sozinha, em algum canto escuro com a meia calça rasgada, talvez seja o ápice da decadência para alguma menina que tenha uma reputação a zelar. Pra mim é só o começo. É o começo de toda a podridão que eu sou capaz de fazer com a minha vida. Algumas coisas simplesmente não tem motivo, eu só quis estar ali, tomando minha cerveja e pensando em qual parte eu tinha errado, não só naquela noite, mas em todas as outras. E talvez procurando formas de tentar acertar, mas acertar nem sempre é bom, errar além de legal, é engraçado. Eu quis ficar triste por alguns momentos, eu quis pensar na última noite que eu estive naquele lugar e chorar, mas meu estado alcoólico era tamanho que nem isso eu me permitia, eu nem me permitia pensar, eu quis ter raiva, mas aquilo era insignificante demais pra ocasionar esse sentimento tão intenso, eu tenho coisas bem mais importantes pra odiar.

Talvez eu não queira ter esse sentimento latente dentro de mim, porque dessa forma eu me culparia , e teria que me dar ao trabalho de sentir pena de si mesma, não sou digna de pena, sou responsável pelos meus atos irresponsáveis e não penso nunca nas consequências, algumas belas consequências históricas, e outras que me cortam o coração até hoje...

Também não vou me dar ao trabalho de me revoltar pela forma que as pessoas me olham, se eu agir como uma vadia, vou ser tratada como tal, mas eu sei o que eu sou, e eu faço o que eu quero, quando eu quero, indiferente das suas opiniões e julgamentos, ninguém sente igual a mim, se sentissem, não julgariam.

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