segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Pequenas ausências



As roupas guardadas em seu armário, as cartas e recordações dentro de alguma gaveta, quem sabe porque ninguém tenha coragem de movimentar um dedo pra mudar a sua presença, o perfume usado sobre a penteadeira, o travesseiro querendo guardar o cheiro, que já sumiu há muito. O celular ainda ligado, os recados melancólicos, e a esperança, que alguns já perderam... Para outros o esquecimento, revolta e raiva, indiferença. E ainda mais para alguns, a intensidade de tudo que se sente é multiplicado, vezes mil, vezes um milhão. Mas o que eu mais odeio, a ausência...

Desde quando não somos imortais? Desde quando temos o luxo de abandonar todos que nos amam pra ter esse descanso eterno? Desde quando podemos morrer? Pessoas e sonhos são deixados para trás. Planos são desfeitos, corações dilacerados, e cada pequena ausência é uma eternidade...


Nenhum comentário:

Postar um comentário